Carro usado na execução de delegado é de Indaiatuba, diz polícia
Um dos carros utilizados pelos criminosos na emboscada que resultou na morte do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, é de Indaiatuba. Segundo registros da polícia, trata-se de uma Toyota Hilux roubada, assim como um Jeep Renegade — este último com origem na capital paulista.
A execução ocorreu na noite de segunda-feira (15), em Praia Grande, na Baixada Santista. Após o crime, os criminosos abandonaram os dois veículos, sendo que a Hilux, com placas de Indaiatuba, foi incendiada.
Os registros de ocorrência indicam que ambos os carros foram roubados na cidade de São Paulo.
Investigação
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), os dois veículos usados na execução do ex-delegado foram apreendidos. A pasta determinou a criação de uma força-tarefa integrada entre as polícias Civil e Militar para identificar e localizar os envolvidos.
Participam da ação equipes especializadas, como o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), Garra/Dope (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), além dos cercos da capital e do Deinter 6. A Polícia Militar também atua com apoio de batalhões estratégicos, como o BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) de Santos e equipes da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
O caso foi registrado na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Praia Grande e será investigado pelo DHPP, com apoio de outros departamentos. A polícia analisa imagens de câmeras de segurança e requisitou exames ao IC (Instituto de Criminalística). Um dos pontos de investigação é o uso da Hilux com placas de Indaiatuba, que foi incendiada após o crime — o que pode ajudar a rastrear a movimentação da quadrilha pelo interior e capital.
O que se sabe sobre a morte do ex-delegado
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi executado em Praia Grande (SP) na noite de segunda-feira (15), em uma emboscada que teve características de ação planejada. A vítima foi alvo de mais de 20 tiros de fuzil, após ser perseguida. Seu carro colidiu com um ônibus antes dos disparos fatais.
Com 40 anos de carreira, Fontes era jurado de morte pelo PCC. Ficou conhecido por indiciar toda a cúpula da facção criminosa em 2006, incluindo o líder Marcola, e por mapear a estrutura da organização nos anos 2000. Em dezembro de 2023, após ser vítima de um assalto, chegou a relatar preocupação com sua segurança: “Sabem onde moro”, afirmou na ocasião.