Emprego cresce levemente em Indaiatuba por causa da indústria
Os setores da indústria e da construção “salvaram” Indaiatuba de ter um mês com fechamento de postos de trabalho. O setor de serviços, que geralmente puxa os dados para cima, despencou no mês de maio, e apresentou mais demissões do que contratações. No quinto mês do ano, Indaiatuba teve 32 contratações a mais do que demissões, uma variação bem pequena. Os dados são do Caged, que mede a temperatura do emprego com base nas carteiras assinadas, divulgado na segunda-feira (30).
Durante o mês de maio, Indaiatuba teve 102 contratações a mais do que demissões na indústria e 83 na construção. Esses foram os dois setores positivos, os outros três ficaram negativos. Serviços teve 146 demissões a mais do que contratações, uma diminuição de quase 0,4%. O comércio teve 5 demissões a mais do que contratações e a agropecuária fechou dois postos de trabalho com carteira assinada.
Indaiatuba teve 4.825 contratações em maio e 4.793 demissões. São 95.483 carteiras assinadas na cidade, sendo que os setores que mais empregam são serviços (40 mil), indústria (31 mil), comércio (17 mil), construção (5 mil) e agro (cerca de 750 pessoas).
Maio x Maio
Com relação a maio do ano passado, Indaiatuba apresenta uma piora no emprego. No quinto mês de 2024, a cidade criou 134 postos de trabalho com carteira assinada. Apesar disso, três dos cinco setores ficaram negativos, agro, construção e comércio, mostrando que essa época do ano tem uma característica de diminuição nos postos em algumas áreas.
2025
Entre janeiro e maio, Indaiatuba teve 1.881 contratações a mais do que demissões. A cidade teve 25.679 contratações e 23.798 demissões. O setor que mais cresceu percentualmente foi a construção, com 3,60% das vagas, e 184 contratações a mais do que demissões. Mas numericamente o setor de serviços é o que mais emprega, com mais de mil vagas criadas em cinco meses, uma alta de 2,6%.
Todos os cinco setores tem alta nas contratações entre janeiro e maio. A indústria vem em segundo lugar numericamente, com alta de 1,6% nas contratações, significando 515 contratações a mais do que demissões. A construção vem em seguida, com 184 contratações, seguida do comércio, com 169 vagas e o agro com 5 carteiras assinadas.
2024 x 2025
Em comparação entre janeiro e maio de 2024 com 2025, Indaiatuba apresenta queda na criação de empregos. Dados do Caged apontam que a cidade criou cerca de mil vagas a menos neste ano em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. O setor de serviços, neste mesmo período, criou cerca de 1,7 mil vagas, contra mil neste ano. A indústria também apresentou menos contratações do que demissões, quase metade na comparação dos dois anos.
Região
A região metropolitana de Campinas, em São Paulo, encerrou o mês de maio com 55.375 admissões. No período, foram registradas 55.213 demissões e saldo positivo de 162 vagas. Entre os admitidos, 54,28% (30.055) eram homens e 45,72% (25.320) mulheres. A maioria das contratações — 68,65% — foi de profissionais com ensino médio completo. Em relação à faixa etária, 26,83% dos contratados tinham entre 18 e 24 anos. O setor da indústria liderou as contratações na região, com 17.630 admissões (31,84%), seguido por comércio, com 16.933 (30,58%).
Brasil
O Brasil fechou o mês de maio com saldo positivo de 148.992 postos de trabalho com carteira assinada. No acumulado do ano, de janeiro a maio, o país gerou 1.051.244 mil novas vagas, um crescimento de 2,3%. O estoque de empregos formais no país é de 48.251.304.
O resultado do mês passado decorreu de 2.256.225 admissões e de 2.107.233 desligamentos no período. Os cinco grupamentos principais resultaram em geração positiva de empregos, liderado pelo setor serviços com saldo de 70.139, seguido por comércio, com 23.258.
Regionalmente, somente o estado do Rio Grande do Sul registrou saldo negativo, quando mais trabalhadores são demitidos na comparação com o total de admitidos. O número, contudo, é pequeno. Foram 115 vagas fechadas no estado, o que representa uma variação igual a zero. Os dados do Caged apontam que o resultado no estado gaúcho vem do corte de 3.102 postos de trabalho na agropecuária.
Nos demais estados, o saldo foi positivo e puxado pela região sudeste. Em São Paulo, foram abertas 33,1 mil vagas com carteira assinada; em Minas Gerais foram 20,2 mil; e no Rio de Janeiro, 13,6 mil. Em maio, o salário médio real de admissão foi de R$ 2.248,71, uma redução de R$ 10,98 na comparação com o mês de abril e e de R$ 1,15 em relação ao mesmo mês em 2024.