CidadeGeralNegócios

Exportações de Indaiatuba para os Estados Unidos diminuem

As exportações de Indaiatuba para os Estados Unidos registraram leve recuo em outubro, primeiro mês de impacto mais forte das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos brasileiros. O país, que vinha se mantendo entre os principais destinos das vendas externas da cidade, perdeu posições no ranking de parceiros comerciais, embora ainda figure entre os cinco maiores compradores de produtos indaiatubanos.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações aos Estados Unidos caíram tanto em valor quanto em participação percentual na pauta do município. O movimento reflete os efeitos do chamado “tarifaço”, anunciado no início do segundo semestre, que elevou as taxas sobre itens metálicos, automotivos e químicos — setores que estão entre os principais da economia local.

Participação dos Estados Unidos nas exportações de Indaiatuba

MêsValor (US$ milhões)Participação (%)Posição no ranking
Julho11,012,1
Agosto10,814,3
Outubro7,215,5

Apesar da leve elevação na participação percentual entre agosto e outubro, o valor total exportado caiu, refletindo o impacto direto das novas tarifas sobre o volume de vendas.


Balança comercial segue deficitária em outubro

A balança comercial de Indaiatuba voltou a registrar déficit em outubro. O saldo negativo foi de US$ 81,2 milhões, resultado de exportações de US$ 46,8 milhões e importações que somaram US$ 128 milhões no mês.

Mesmo com o recuo, o resultado acumulado de janeiro a outubro mostra crescimento nas trocas comerciais. O total movimentado chegou a mais de US$ 2 bilhões, somando exportações e importações.

IndicadorOutubro 2025Variação (%)Acumulado jan–out
ExportaçõesUS$ 46,8 milhões-36% em relação a out/24US$ 687 milhões (+13,1%)
ImportaçõesUS$ 128 milhões-8,7% em relação a out/24US$ 1,3 bilhão (+4%)
Saldo-US$ 81,2 milhões-US$ 592 milhões

Apesar da diferença entre os fluxos, o crescimento do volume total evidencia a manutenção do ritmo industrial e o aumento das relações comerciais da cidade com o exterior.


América do Sul se mantém como principal destino das exportações

A América do Sul continua sendo o principal destino das exportações de Indaiatuba. A Argentina lidera com folga, seguida por Vietnã, Estados Unidos e México. Os países sul-americanos, juntos, respondem por mais de 45% de todas as vendas externas da cidade.

Principais destinos das exportações de Indaiatuba em outubro

PaísParticipação (%)Valor (US$ milhões)
Argentina16,67,8
Vietnã13,96,5
Estados Unidos15,57,2
México5,92,7
Peru5,72,6
Paraguai4,32,0
Colômbia3,81,8
Chile3,51,6
África do Sul2,11,0
Emirados Árabes Unidos1,90,9

No acumulado do ano, a Argentina responde por mais de um terço das exportações indaiatubanas, consolidando-se como principal parceira comercial da cidade.


China e Japão seguem liderando as importações

No lado das importações, a China mantém ampla liderança, respondendo por 27,2% de todos os produtos comprados por Indaiatuba no mês de outubro. Em seguida aparecem Japão, Estados Unidos, Alemanha e Coreia do Sul.

As importações da cidade seguem concentradas em insumos industriais, especialmente autopeças, componentes eletrônicos, químicos e máquinas, o que explica o déficit comercial persistente.

Principais origens das importações de Indaiatuba em outubro

PaísParticipação (%)Valor (US$ milhões)
China27,234,8
Japão16,220,7
Estados Unidos13,417,2
Alemanha8,911,3
Coreia do Sul7,69,8
México5,16,5
Itália3,84,9
França3,44,3
Índia2,53,2
Tailândia1,72,2

Comércio exterior do Brasil também desacelera com novas tarifas

No cenário nacional, o impacto do aumento tarifário dos Estados Unidos também foi sentido. Em agosto, primeiro mês de vigor efetivo das novas taxas, o Brasil registrou leve queda nas exportações para o mercado norte-americano, mas manteve superávit comercial no consolidado.

De acordo com dados do ComexStat, o país exportou US$ 29,2 bilhões em agosto e importou US$ 23,1 bilhões, fechando o mês com superávit de US$ 6,1 bilhões. O resultado mostrou resiliência das vendas externas, mesmo com a pressão das novas barreiras comerciais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!