Gasolina sobe em Indaiatuba mesmo com diminuição da Petrobrás
A Petrobras anunciou três medidas que, somadas, deveriam resultar em queda no preço final da gasolina ao consumidor ao longo de 2025. A primeira redução ocorreu em 3 de junho, com corte de 5,6%, equivalente a aproximadamente 17 centavos por litro da gasolina.
A segunda redução foi anunciada em 18 de junho, de 4,9%, representando queda estimada de 14 centavos. O terceiro anúncio, em julho, aumentou a mistura obrigatória de etanol anidro de 27% para 30%, com estimativa de redução de cerca de 2 a 3 centavos por litro na gasolina vendida aos motoristas. No total, a Petrobras anunciou um potencial de queda entre 33 e 34 centavos ao longo do ano.
Apesar das reduções, a diminuição não se refletiu nas bombas em Indaiatuba. No início de janeiro (5 a 11 de janeiro), a gasolina comum custava em média R$ 5,95. Na pesquisa mais recente da ANP (16 a 22 de novembro), o preço médio chegou a R$ 6,05, um aumento de 10 centavos ao longo de 2025, mesmo após todos os anúncios de queda.
Redução não refletiu nas bombas
Antes da primeira redução, na semana de 25 a 31 de maio, o preço local estava em R$ 6,04. Após o anúncio de 3 de junho, a semana seguinte (1º a 7 de junho) registrou exatamente o mesmo valor: R$ 6,04, ou seja, nenhum repasse imediato, de acordo com dados da ANP.
Na segunda redução, anunciada em 18 de junho, o preço na semana anterior (1º a 7 de junho) era de R$ 6,04, e na semana imediatamente seguinte (15 a 21 de junho) caiu para R$ 5,97, queda de 7 centavos — metade da estimativa da Petrobras. Após o aumento do etanol na mistura, o preço permaneceu oscilando entre R$ 5,97 e R$ 5,99, sem redução significativa.
A diferença entre o que a Petrobras anuncia e o que o consumidor paga ocorre porque o preço final depende de outros fatores, como impostos estaduais, custos de distribuição, logística e margem dos postos, o que pode anular ou atrasar parte dos reajustes.
Tabela de comparação em Indaiatuba
Preços em gasolina comum (R$/l)
| Evento | Preço na semana anterior | Preço na semana seguinte | Queda estimada pela Petrobras | Queda real |
|---|---|---|---|---|
| 1º corte – 3/6 | 6,04 | 6,04 | 0,17 | 0,00 |
| 2º corte – 18/6 | 6,04 | 5,97 | 0,14 | 0,07 |
| Aumento do etanol | 5,97 | 5,99 | 0,02 a 0,03 | 0,00 |
Panorama no Brasil e no estado de São Paulo
No Brasil, o preço médio da gasolina recuou gradualmente após os anúncios, mas em proporções menores que as estimadas. A média nacional estava em R$ 6,27 na última semana de maio e caiu para R$ 6,23 após os cortes de junho, chegando a R$ 6,22 em outubro. Já o estado de São Paulo saiu de R$ 6,14 no fim de maio para R$ 6,11 após o primeiro corte e atingiu R$ 6,07 após o segundo, mantendo leve tendência de queda até outubro.
Somando os três anúncios, a Petrobras projetava redução total de cerca de 33 a 34 centavos por litro ao longo do ano. No entanto, a queda real foi muito menor: no Brasil, o recuo acumulado foi de aproximadamente 5 centavos entre o pré-corte e outubro, enquanto no estado de São Paulo a redução real foi de cerca de 7 centavos no mesmo período.
Última pesquisa da ANP em Indaiatuba
A pesquisa mais recente da ANP, realizada entre 16 e 22 de novembro, registrou gasolina comum a R$ 6,05 em Indaiatuba, alta de 3 centavos em relação à semana anterior, quando o preço estava em R$ 6,02. O etanol hidratado subiu 4 centavos no mesmo período, passando de R$ 4,11 para R$ 4,15. A variação reforça que, mesmo com sucessivas reduções anunciadas em 2025, os valores na bomba seguem sensíveis a fatores externos às refinarias.
