Professora é agredida por aluno autista em Indaiatuba
Uma professora foi agredida por um aluno na escola municipal Maria Cecília Ifanger, na Vila Avaí, em Indaiatuba, e precisou de atendimento médico. A criança de oito anos tem laudo de neurodivergência, com autismo e Transtorno Opositivo Desafiador (TOD).
Segundo apurou o Jornal de Indaiatuba, a professora não atua na escola regularmente, mas estava realizando uma substituição. Não há relatos de outras pessoas feridas. A professora ficou com o rosto machucado no nariz e perto dos olhos, passou por atendimento médico e foi liberada. O caso chegou até a Secretaria da Educação, Prefeitura e está sendo acompanhado pelo sindicato dos professores, a Apeoesp.
Em nota, a Prefeitura informou que “manifesta solidariedade à professora e informa que o todo o suporte necessário está sendo prestado. Reafirma que é terminantemente contrária a qualquer forma de violência física no ambiente escolar. Em todas as situações de violência, são adotadas de imediato as medidas legais cabíveis, conforme previsto na legislação educacional brasileira e no Regimento Escolar”.
E prossegue afirmando que o estudante tem laudo e que ele “é acompanhado de perto com Plano de Desenvolvimento Individual e profissional de apoio escolar. A situação do estudante já se encontrava em fase de análise do Conselho Escolar, instância máxima deliberativa no âmbito da unidade, com aplicação, inclusive, das penalidades cabíveis, previstas no documento, em casos de falta grave por parte de qualquer um dos sujeitos escolares.”
A Secretaria da Educação ainda reforçou “o nosso compromisso com a inclusão de todos os estudantes, sem estigmas, e com a proteção integral de toda a comunidade escolar. Reforçamos o amparo aos profissionais da educação, essenciais na conquista da aprendizagem dos estudantes e na excelência educacional.”
Apeoesp
Em nota publicada nas redes sociais, a Apeoesp disse que “recebeu denúncia de um gravíssimo caso de agressão à uma professora da Rede Municipal. A professora sofreu ferimentos, precisou de atendimento médico e foi orientada a fazer Boletim de Ocorrência e passar pelo IML. De imediato, a Apeoesp procurou o Gabinete do Prefeito, sendo recebida pela Secretária Graziela Garcia e onde a mesma tomou conhecimento do ocorrido.
Na segunda (18) “em reunião no Gabinete do Prefeito, foi garantido que as providências necessárias serão tomadas. O sindicato solicitou que seja elaborado um protocolo de contenção e procedimentos para esse tipo de ocorrência, para garantia da segurança tanto de docentes, quanto de alunos, observando-se as garantias aos direitos de ambos.”
Em entrevista ao Jornal de Indaiatuba, a secretária de assuntos municipais da Apeoesp, Jaqueline Francisco, afirmou que o sindicato aguarda o “protocolo de contenção e procedimentos para esse tipo de ocorrência com alunos mais agressivos visando segurança dos professores e alunos típicos e atípicos. E que espera que o atendimento especializado no Espaço Avançar seja ampliado, e que haja a providência de profissionais de Apoio para todas as solicitações de alunos com laudos.
“A Prefeitura precisa contratar mais profissionais especializados em Educação Especial; o número de profissionais na rede é insuficiente para demanda atual”, diz. ‘Infelizmente, este não é um caso isolado, há relatos em várias unidades deste tipo de ocorrência. Estamos fazendo um levantamento da quantidade. Atualmente a Secretaria da Educação não tem um plano para a proteção dos servidores nestes casos. É necessário que os professores documentem e denunciem os fatos para que haja a possibilidade de cobrar soluções”, encerra.
Nota completa da Prefeitura de Indaiatuba
A Secretaria Municipal de Educação de Indaiatuba manifesta solidariedade à professora e informa que o todo o suporte necessário está sendo prestado. Reafirma que é terminantemente contrária a qualquer forma de violência física no ambiente escolar. Em todas as situações de violência, são adotadas de imediato as medidas legais cabíveis, conforme previsto na legislação educacional brasileira e no Regimento Escolar, assegurando acolhimento às vítimas, proteção à comunidade escolar e atenção ao estudante envolvido, que possui laudos de TEA (Transtorno do Espectro autista), TOD (Transtorno Opositivo Desafiador) e é acompanhado de perto com Plano de Desenvolvimento Individual e profissional de apoio escolar.
Medidas legais e administrativas foram adotadas conforme o Regimento Escolar, acompanhamento médico, comunicação às instâncias competentes e garantia de atendimento à profissional envolvida. A situação do estudante já se encontrava em fase de análise do Conselho Escolar, instância máxima deliberativa no âmbito da unidade, com aplicação, inclusive, das penalidades cabíveis, previstas no documento, em casos de falta grave por parte de qualquer um dos sujeitos escolares.
Reiteramos o nosso compromisso com a inclusão de todos os estudantes, sem estigmas, e com a proteção integral de toda a comunidade escolar. Reforçamos o amparo aos profissionais da educação, essenciais na conquista da aprendizagem dos estudantes e na excelência educacional. A Administração Pública segue aberta ao diálogo com entidades representativas, e manterá a revisão e o aprimoramento contínuo de seus fluxos e procedimentos, reforçando formações sobre prevenção, manejo seguro de crises e, acima de tudo, uma cultura de paz.
Nota da Apeoesp
A Subsede da APEOESP recebeu denúncia de um gravíssimo caso de agressão à uma professora da Rede Municipal, por um aluno de apenas oito anos de idade com TEA (Transtorno do Espectro Autista).
A professora sofreu ferimentos, precisou de atendimento médico e foi orientada a fazer Boletim de Ocorrência e passar pelo IML.
De imediato, a APEOESP procurou o Gabinete do Prefeito, sendo recebida pela Secretária Graziela Garcia e onde a mesma tomou conhecimento do ocorrido.
Hoje, 18/8, em reunião no Gabinete do Prefeito Municipal, foi garantido à APEOESP que as providências necessárias serão tomadas e, nos próximos dias, a Subsede será informada sobre essas medidas e seus resultados.
Nessa reunião a APEOESP solicitou que seja elaborado um protocolo de contenção e procedimentos para esse tipo de ocorrência, para garantia da segurança tanto de docentes, quanto de alunos, observando-se as garantias aos direitos de ambos.
A APEOESP é umas das entidades que mais luta pela inclusão de alunos com quadro de TEA, pois considera inalienável esse direito de crianças, adolescentes e adultos.
Por outro lado, é necessário que a Secretaria Municipal de Educação assuma seu papel constitucional na elaboração e aplicação de técnicas e procedimentos pedagógicos para os diversos tipos de ocorrências e situações decorrentes da implementação desse direito.
foto: Jornal de Indaiatuba
O fato aconteceu na sexta-feira e na segunda ocorreu outro onde funcionários e crianças permanecram fechados até a chegada de guarnição da polícia. Funcionários desta escola já vêm pedindo providências desde anos anteriores na qual a Câmara de vereadores comprometeram acompanhar mas não estão cprindo co a promessa.
Já presenciei os funcionários dessa escola apanhando de uma criança. Ficavam todos correndo, desviando do menor.
Meu filho estuda nessa escola, eu como Mãe me sinto totalmente sem saber sobre o ocorrido, não só eu , pois a escola não está comunicando aos pais sobre o que vem ocorrendo dentro da escola , quem fala as coisas para nós são nossos filhos, a escola vem abafando esses ocorridos , como mãe estou apreensiva em deixar meu filho nessa escola….
E se fosse o contrário???
Que tragédia precisará acontecer para que alguém tenha uma ideia brilhante? Ou vir , apenas, com uma nota de pesar…
O fato é que querem fazer inclusão sem nem estarem preparados para isso com profissionais sem treinamento os autistas estranham mudança de rotina a professora agredida já não era a que ia regularmente, claro que não justifica agressão mas isso pode ter contribuído para isso…
Qdo me deparo c estas notícias, fica perplexa com tantas opiniões devastadoras, claro que a agressão é um comportamento inadequado, mas e a criança que tem o transtorno? Está sendo assistida adequadamente, tem suporte para estar em uma escola com tantos gatilhos e sem assistência para sua condição, e a família desta criança ao ter que ler todas estas mensagens, na minha opinião como mae atípica, me sinto triste e decepcionada, pq a falta de pessoas treinadas e capacitadas para lidar c estas crises é fato, então o problema é das políticas públicas mal feitas ou inexistentes, a falta de capacitação dos profissionais e de orientação a população precisam ser revistas. O suporte a estas famílias, e assistência a saúde mental, real e contínua é fundamental, então a opinião sem empatia é desnecessária e adoece. Ninguém tem o transtorno pq quer, e o tratamento é caro e difícil, famílias sofrem, profissionais adoecem, enquanto as políticas públicas disfarçadas de apoiadores nada fazem. A vulnerabilidade é de ambas as partes enquanto nao derem atenção para a saúde mental deste público que hoje são crianças, amanha serão adolescentes e assim adultos e idosos, até qdo faltará inclusão e o capacitismo mascarado!
Funcionarios pedem socorro já a 1 ano e 6 meses…não é um fato isolado, mas recorrente e vem se agravando cada vez que a seme empurra pra amanhã……meu filho fica horrizado junto com os colegas e triste.
Além sa falta de profissionais AT nas escolas, da falta de estrutura de inclusão, também há de se pensar no acompanhamento dessa mãe. Existem mães que não fazem seu papel. Não levam em terapias (deveria ser obrigatório) e não cumprem em casa as regras e limites que os profissionais de TO solicitam. Ai a criança chega nesse grau de agressão.
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