Três deputados de SP votaram não ao Agora Tem Especialistas
A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 1301/2025, que criou o programa “Agora Tem Especialistas”, por ampla maioria. Apenas seis deputados federais votaram contra em todo o Brasil. Entre eles, três são de São Paulo e tiveram votação modesta em Indaiatuba, cerca de 1,5 mil votos.
Votação dos três deputados de SP contrários ao projeto em Indaiatuba
- Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) – 627 votos (0,46%)
- Mário Frias (PL-SP) – 819 votos (0,61%)
- Tiririca (PL-SP) – 162 votos (0,12%)
Outros votos contrários
Além dos três deputados de São Paulo, também votaram contra:
- Bia Kicis (PL-DF)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Dr. Frederico (PRD-MG)
Placar da votação
- Câmara dos Deputados: 406 votos favoráveis e 6 contrários
- Senado Federal: 64 votos favoráveis e nenhum contrário
Como votaram os mais votados em Indaiatuba
De acordo com dados das eleições, os deputados mais votados em Indaiatuba foram: Bruno Ganem (Podemos), Eduardo Bolsonaro (PL), Kim Kataguiri (União), Delegado Bruno Lima (PP), Érika Hilton (PSOL), Tábata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL). Todos eles votaram a favor do programa.
Deputados que votaram NÃO | Deputados que votaram SIM (mais votados em Indaiatuba) |
---|---|
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL) – 627 votos | Bruno Ganem (Podemos) – 14.527 votos |
Mário Frias (PL) – 819 votos | Eduardo Bolsonaro (PL) – 6.410 votos |
Tiririca (PL) – 162 votos | Kim Kataguiri (União) – 3.391 votos |
Delegado Bruno Lima (PP) – 3.238 votos | |
Érika Hilton (PSOL) – 2.763 votos | |
Tábata Amaral (PSB) – 2.488 votos | |
Guilherme Boulos (PSOL) – 2.190 votos |
Sobre o programa
O Programa “Agora Tem Especialistas” é uma iniciativa do Ministério da Saúde e do Governo Federal com o propósito central de reduzir o tempo de espera para atendimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele reúne uma série de mecanismos para mobilizar tanto a rede pública quanto a privada de saúde, de forma a ampliar consultas, exames, cirurgias eletivas e tratamentos especializados — sobretudo nas áreas prioritárias de oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a aprovação da medida provisória que institui o programa “mostra que estamos no caminho certo de atender uma preocupação da ampla maioria da população”. Ele destacou que a iniciativa contempla inovações, como a troca de dívidas dos planos de saúde e dos hospitais privados por mais cirurgias, atendimentos e exames; a criação do painel nacional de acompanhamento e monitoramento dos tempos de espera de cirurgias de todo o país; além da atuação de instituições como a Fundação Oswaldo Cruz e o Grupo Hospitalar Conceição para colaborar com estados e municípios na realização de mais cirurgias, exames e consultas, com menos tempo de espera.
Padilha lembrou ainda que o programa surge diante de um cenário preocupante: cerca de 370 mil pessoas morrem por ano na saúde pública e privada em decorrência de doenças não transmissíveis relacionadas a atrasos no diagnóstico. Ele ressaltou que o Brasil tem condições de consolidar a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer do mundo.
As estratégias previstas para operacionalizar o programa incluem o credenciamento de hospitais, clínicas e operadoras privadas para prestar serviços ao SUS mediante contrapartidas; a troca de dívidas fiscais ou de ressarcimento por serviços de saúde; a ampliação de turnos de atendimento e mutirões em unidades públicas; o uso de unidades móveis equipadas para consultas e exames; a expansão da telemedicina; e o monitoramento nacional das filas, com painéis de transparência e metas de desempenho.
O programa terá vigência até 31 de dezembro de 2030. A renúncia fiscal estimada é de cerca de R$ 2 bilhões por ano a partir de 2026, e alguns atendimentos poderão ser iniciados já em 2025.
Em síntese, o “Agora Tem Especialistas” propõe um modelo híbrido entre público e privado para atacar o gargalo das filas do SUS, por meio de incentivos, contrapartidas e ampliação da rede de serviços especializados, com foco em oferecer atendimento mais rápido, maior oferta e monitoramento transparente.