GeralNegóciosRegião

Dia dos Namorados: 38% pretendem comprar roupas

A época mais romântica do Brasil chegou: no próximo dia 12 de junho é comemorado o tradicional Dia dos Namorados, data que aquece as vendas do varejo em todo o país. Presentes e lembranças devem estar na lista de compra dos casais, impulsionando diferentes setores da economia. Neste ano, cerca de 20 milhões de pessoas devem ir às compras em comemoração à data no estado de São Paulo, segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL-SP). O estudo estima que as compras devem movimentar aproximadamente R$ 7,6 bilhões na economia paulista.

Segundo o levantamento, os itens mais procurados pelos consumidores são:

  • Roupas (38%)
  • Perfumes e cosméticos (34%)
  • Calçados (20%)
  • Chocolates (18%)

“O Dia dos Namorados é uma das datas mais importantes do calendário do varejo, especialmente para setores como vestuário, perfumaria e gastronomia, que se beneficiam diretamente do aumento do consumo nessa época”, destaca Maurício Stainoff, presidente da FCDL-SP. Além dos tradicionais presentes, as experiências continuam sendo uma forte tendência entre os consumidores. A pesquisa aponta que 31% dos paulistas — cerca de 6,2 milhões de pessoas — devem comemorar a data em bares ou restaurantes, consolidando o jantar romântico como um dos principais programas da ocasião.

“Mais do que um presente material, muitos casais buscam experiências marcantes para celebrar a data, e isso impulsiona o setor de serviços, especialmente bares e restaurantes”, comenta Stainoff.

O levantamento também revelou que o ticket médio de gasto por presente neste ano deve girar em torno de R$ 380. A expectativa de consumo se divide:

  • 38% pretendem gastar o mesmo valor que no ano passado
  • 33% planejam gastar mais
  • 16% devem gastar menos

“Os dados indicam uma boa expectativa para o comércio, com uma parcela significativa dos consumidores disposta a manter ou até aumentar seus gastos, o que é um bom sinal para o todos que desejam se beneficiar com a data”, afirma o presidente da FCDL-SP. Na hora de escolher o local de compra, 57% pretendem fazer as compras em lojas físicas, principalmente no shopping center (21%), shopping popular (16%), lojas de departamento (7%) e lojas de rua (6%). Por outro lado, 36% farão pela internet – as lojas mais citadas foram: Shopee (81%), Amazon (57%) e Shein (43%).

O estudo também indica que muitos consumidores pretendem antecipar as compras, evitando as tradicionais correrias de última hora. Além disso, há um interesse crescente por promoções e condições especiais de pagamento. “O consumidor está cada vez mais atento às oportunidades, buscando presentes que agradem, mas também que caibam no bolso. Por isso, o varejo precisa estar preparado, oferecendo variedade, bom atendimento e condições atrativas”, finaliza Stainoff.

Cuidados para não cair em golpe

O comércio eletrônico e físico registra alta nas buscas por presentes. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o varejo brasileiro deve movimentar R$ 2,75 bilhões neste ano — um crescimento de 3,2% em relação a 2024. Mas a data, que movimenta corações e cartões, também acende o alerta para golpes online, especialmente entre consumidores que deixam as compras para a última hora. Promoções falsas, sites clonados e perfis enganosos em redes sociais são alguns dos riscos mais comuns. Para ajudar você a presentear com mais segurança, o especialista Felix Lauzem, gerente de Serviços e Operações da SEK, compartilha cinco dicas fundamentais — confira abaixo.

1. Desconfie de Promoções “Imperdíveis” por E‑mail – Golpistas criam sites falsos idênticos a lojas conhecidas para roubar seus dados, inclusive informações sobre cartões de créditos. Aquela promoção de 80% de desconto com “prazo limitado” é quase sempre armadilha e, pelo cenário das datas comemorativas, trata-se de algo explorado com muita frequência por atores maliciosos. Busque sempre acessar o endereço oficial da loja no navegador em vez de clicar em links suspeitos.

2. Nunca Pague Taxa para “Liberar” Presentes – Recebeu ligação sobre flores ou presentes para entregar, mas com taxa pendente? É golpe clássico, que por mais que o presente seja real, os golpistas aproveitam sua distração para trocar o seu cartão e obter sua senha a partir de dispositivos modificados.

3. Seus Dados Pessoais Valem Dinheiro no Crime – CPF, endereço e telefone são vendidos no mercado fraudulento, onde os criminosos usam “sorteios” falsos em redes sociais para coletar essas informações. Fique sempre atento e questione a legitimidade das promoções.

4. Use Apenas Sites e Apps Oficiais – Links em redes sociais podem te levar para sites falsos perfeitos. Digite sempre o endereço da loja diretamente no navegador ou use apps baixados das lojas oficiais. Se achou uma oferta interessante por link, anote e procure a mesma promoção no site oficial da empresa.

5. Cuidado com “Emergências” de Contatos Virtuais – Conheceu alguém online que rapidamente criou intimidade e agora precisa de ajuda financeira “urgente”? É o golpe do falso romance. Nunca envie dinheiro para quem conheceu apenas virtualmente, mesmo que a história pareça emocionante. Golpistas investem meses construindo confiança antes de pedir ajuda.

Comércio e serviços esperam grande movimento

Muitos casais já procuram as melhores opções de lazer e consumo para celebrar essa data especial. Mais do que um momento romântico, o dia 12 de junho também é um dos mais relevantes para o comércio e para o setor de serviços, que se prepara para um grande movimento. De acordo com levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL-SP) e do SPC Brasil, cerca de 20 milhões de consumidores devem ir às compras no estado de São Paulo, movimentando mais de R$ 7,6 bilhões. Além disso, 31% desse público — o equivalente a 6,2 milhões de pessoas — pretende comemorar a data em bares ou restaurantes, confirmando a ocasião como uma das mais importantes para o setor gastronômico.

Maurício Stainoff, presidente da Federação, comenta que sair para jantar se tornou tradição entre os casais. “O jantar romântico é quase um ritual no Dia dos Namorados, e isso faz com que bares e restaurantes sejam os grandes protagonistas da data”, ressalta Maurício Stainoff, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL-SP).

O levantamento da FCDL-SP destaca que jantar fora se tornou um verdadeiro clássico entre os casais, sendo a principal escolha para celebrar o Dia dos Namorados, atrás apenas da compra de presentes tradicionais como roupas (38%) e perfumes e cosméticos (34%). Para o Vino!, rede de winebars com mais de 61 unidades pelo país, a comemoração representa uma oportunidade de negócios, como também um momento de avanço para a marca. “Ano passado, no dia 12 de junho, as unidades do Vino! pelo país faturaram cerca de R$1 milhão. Este ano, esperamos algo similar”, afirma Raphael Zanette, fundador do Vino! 

De acordo com a pesquisa da FCDL-SP, o ticket médio esperado para o consumo neste Dia dos Namorados é de R$380, sendo que 38% pretendem gastar o mesmo que no ano passado, 33% afirmam que vão gastar mais, e 16% devem desembolsar menos. “Notamos um claro aumento no ticket médio, especialmente em relação aos vinhos. Os casais estão dispostos a investir em rótulos de preço mais elevado para celebrar a ocasião”, explica o empresário.

Casais trocam de profissão para trabalhar juntos com flores

Não é exagero dizer que as flores são mais que um presente: são um símbolo de afeto, uma demonstração concreta de sentimentos que, muitas vezes, apenas as palavras não conseguem expressar. Presentear com flores significa valorizar, cuidar e encantar. Por isso, as flores ainda são o presente ideal para quem quer construir ou fortalecer uma relação. Tanto que a venda de flores para o Dia dos Namorados representa 10% do comércio anual da floricultura nacional. De acordo com Renato Opitz, diretor do Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura – este ano as vendas devem superar entre 6% e 9% as obtidas no Dia dos Namorados de um ano atrás. Johannes, Luciano e Anderson, produtores de flores em Holambra (SP) e em Andradas (SP), sabem, por seus próprios exemplos, que as flores têm o poder de aproximar pessoas, criar vínculos e até transformar destinos. Por eles, suas atuais esposas trocaram de profissão para permitir que o amor florescesse em meio a rosas, kalanchoês, lírios e begônias.

Bete trocou São Paulo pelo mundo florido

A paulistana Elisabete Izidoro Kortstee, formada em Artes Plásticas, conheceu Johannes T. J. Kortstee pela internet, no tempo das conexões discadas e salas de bate-papo como o “Amigos do UOL”. Ela era a “raposinha” e ele, o “boto cor-de-rosa”. Ele era um produtor de azaleias em Holambra, interior de São Paulo. O namoro começou virtualmente, mas logo passou para o presencial. Na segunda vez que Johannes foi visitá-la em São Paulo, chegou com a caminhonete carregada de flores. Bete não resistiu. Mas quem resistiria? Ela foi se aproximando desse universo e, quando percebeu, já estava participando de eventos florais com ele. Pouco tempo depois, mudou-se para Holambra, casou-se e juntos construíram não só uma família, com três filhos, mas também incrementaram os negócios no sítio Isidorus Flores, que hoje planta rosas em vasos e bola-belga. Para ela, que nem sabia da existência de Holambra, foi uma descoberta encantadora. Hoje, utiliza sua formação em artes para criar embalagens e participar do marketing do sítio. Além disso, coordena o setor administrativo, financeiro e de recursos humanos, além do layout dos eventos dos quais o sítio participa, como associados da Cooperativa Veiling Holambra. Bete ainda se emociona ao ver cada nova variedade chegando da Holanda para ser plantada no sítio da família. Seu amor pelas flores é tão grande quanto o amor pela família que construiu ali. Em tempo: ela ainda recebe flores do marido – e também dos filhos -, especialmente nas datas comemorativas.

Da agência bancária às estufas de kalanchoes

Outro exemplo da força transformadora das flores é a história de Luciano e Ana Paula Rios. Ele, produtor de mini kalanchoes, entrega cerca de 40 mil vasos semanais cultivados no sítio que construiu em Holambra (SP). Ela, ex-telefonista da agência do Banco do Brasil na mesma cidade. A primeira conexão deles foi apenas por voz, através dos telefonemas que Luciano fazia para saber se seus cheques tinham sido compensados. Ana Paula já achava interessante a voz daquele cliente assíduo. O contato ganhou rosto quando ela, colega de trabalho da irmã de Luciano, então vigilante da agência bancária, foi apresentada a ele pessoalmente. Trocaram olhares e números de telefones. Assim teve início o namoro, que evoluiu para casamento em 2008.

Pouco tempo depois, Ana Paula fez uma escolha corajosa: deixou o emprego estável no banco para trabalhar com Luciano no sítio. Mesmo ouvindo conselhos e alertas sobre os desafios de trabalhar com o marido, ela seguiu seu coração e nunca se arrependeu. Hoje, além de cuidar das finanças do sítio, Ana Paula participa da produção, plantio e colheita, e garante que o amor só se fortaleceu com essa parceria diária. Para eles, a convivência diária com as flores é uma terapia, que acalma e fortalece o vínculo. Ela reclama que gostaria de ganhar flores do marido, mas Luciano a interrompe, lembrando que sempre escolhe os vasos mais floridos e bonitos cultivados no sítio para presenteá-la e decorar a casa que construíram juntos. “Verdade!”, reconhece ela.

Nova vida entre rosas

Jéssica e Anderson Esperança são outro, entre tantos exemplos. Ela, vendedora na Cooperflora, em Holambra (SP); ele, produtor de rosas de corte no sítio Vale das Flores, em Andradas (MG). Durante anos, cruzaram-se silenciosamente nas manhãs de segunda-feira na Cooperativa, sem imaginar que a vida já estava preparando o terreno para muito mais que negócios. O acaso, ou quem sabe o destino, quis que se encontrassem numa noite em Campinas, numa balada, onde dançaram juntos ao som de “Ai Se Eu Te Pego”, de Michel Teló. A partir dali, as mensagens começaram a fluir, marcaram novos encontros e, enfim, o namoro floresceu, literalmente.

Em 2020, a relação deu mais um passo importante quando Anderson, percebendo a competência profissional de Jéssica, a convidou para trabalhar diretamente com ele na fazenda. Ela trocou o ambiente comercial da cooperativa para assumir a gestão das vendas e o marketing do sítio. Uniram amor e trabalho, e não se arrependem: hoje, casados há dois anos após nove de namoro, vivem cercados pelas rosas que produzem. Na relação deles, o presente preferido são sempre rosas, obviamente. Anderson costuma caprichar, solicitando às suas funcionárias que elaborem buquês com as flores colhidas em suas estufas. Até hoje, mesmo com milhares de rosas à disposição, Jéssica afirma que receber flores do marido jamais perde a graça ou o valor emocional.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!